Wednesday, August 4, 2010

Genève dans mon coeur

Mais um post sem fotos (essas achei pela internet mesmo) porque a internet daqui, apesar de ser "banda larga" não aguenta fazer upload das fotos que tirei - assim como todas as outras que encontrei, impressionante... Mas, aquela coisa. Já nem prometo mais... se encontrar uma digna no meio do caminho, me jogarei de corpo e alma, e o post será só de fotos!


visão do Lago, com o centro antigo de Genebra abaixo


Estou mais que positivamente impressionada com Genebra! Sei lá, são aquelas coisas de sempre né... Nossos pré-conceitos, nossas concepções completamente distorcidas do mundo... Sempre pensei na Suiça como aquele lugar über-plácido, com vaquinhas pastando e relógios fazendo o tic-tac como música de fundo para pessoas super certinhas levarem suas vidas ordeiras e corretas. Não poderia estar mais enganada.

Primeiro - e, para não dizer que não falei de moda: como as pessoas se vestem bem por aqui! Sim, é verão e há hordas de alemães, franceses e outros turistas com aquelas *piores roupas do mundo* de sempre... mas vê-se que os suíços (ou pelo menos os de Genebra) prezam pelas roupas que vestem. Se eu tivesse que escolher alguém para representar a forma como a mulher de Genebra se veste, ela seria um mix entre Olivia Palermo e Carinne Restoin-Roitfeld. É um estilo muito clássico mas com peças que tem o seu "quê" de vanguarda; que prezam muito mais pelo tecido, pelo corte e pelo caimento que pela "tendência" pura e simples. Como existem muitas instituições financeiras por aqui, além das inúmeras organizações internacionais, acredito que muitas das mulheres que vi pelas ruas estavam em suas roupas de trabalho. Mas dava pra ver que mesmo passeando, muitas delas tinham uma elegância clássica exalando pelos poros. Mesmo num calor de 31 graus - que eu imagino que seja o equivalente a um 45 carioca para eles - elas mantiveram a elegância e continuaram impecáveis ao longo do dia.





Além disso há que falar sobre a multitude de lojas de grandes marcas, relojoarias e joalherias espalhadas pelo centro da cidade. Só nos cinco minutos que fiquei admirando uma sandália Hermès, três senhoras saíram com sacolas abarrotadas de lenços, artigos de couro e algumas roupas. A sensação que se tem em Genebra é de riqueza profunda e abundante ecoando pelos quatro cantos. Inúmeros grupos de mulheres árabes cheias de sacolas, turistas russos e chineses gastando seus novos milhões em peças de gosto mais que duvidoso, pessoas com cara de "bem-nutridas" e "saudáveis" nadando pelo lago ou navegando em seus barcos. Quando se vai para a parte mais externa da cidade é que se vê os exilados africanos e asiáticos, os imigrantes ilegais de todos os cantos, os "invisíveis". Como em toda metrópole européia eles estão presentes em pencas e dá aquele aperto no coração de ver que a desgraça tá ali, juntinha do esplendoroso. Mas pelo menos eles não estão sendo mortos, estuprados ou escravizados né...

E quanto à vida pacata e ordeira dos suíços? Bom, posso até tentar colocar a culpa nas férias de verão, ou mesmo na curta estadia do passeio, mas os suíços não tem NADA de pacatos. Eles dirigem que nem os brasileiros - são muito peritos mas extremamente imprudentes. E andam que nem loucos, buzinando pra qualquer um que estiver no caminho. Placa da Espanha então, deve ter prêmio pra dar uma fechada ou direcionar um palavrão (não sei se já mencionei aqui, mas os catalães dirigem muuuuuuuuuuuuuito mal. Mesmo. Demais da conta.). E a vida noturna me pareceu empolgadíssima! Tudo bem que agora são 11 da noite e eu estou no hotel; mas estou de férias com meu marido e minha sogra, então não é o tipo de viagem em que vou para "a night". Mas, ao sair do restaurante e vir para o hotel me deparei com hordas de jovens seguindo para as boates e bares que circundam o lago. Além disso, hoje havia apresentação da Unidos de Genebra. Pois é, aonde eu vou "as raízes" me perseguem. Samba (que não tinha nada de samba, já que ouvi ao longe um Jorge Ben sendo tocado) nos Alpes. Para não fazer um post completo sobre estereótipos, me abstenho de comentários.


o bar do Hotel Kempinski, com vista panorâmica para o Lago


Tenho que mencionar a situação triste do asfalto da cidade. Enquanto as estradas são verdadeiros tapetes, o asfalto de Genebra mais me lembra o do Rio. É uma buraqueira digna de enchente carioca - e nem vale dizer que aqui tem neve porque as estradas são perfeitas... deve ser a ONU que não paga os impostos! Piadinha infame, eu sei.


Algumas pessoas - homens e mulheres - me saltaram aos olhos por seu jeito mais "indie" e descolado; uma coisa mais *The Kooples* de ser. Como sou chegada nesse estilinho, fiquei toda "saidinha", já querendo achar o local onde essa gangue se escondia. Pena que vou embora amanhã, então essa 'pressa" dificulta descobertas maiores. Mas já sei que Genebra é cidade a se voltar. Definitivamente.

No comments:

Post a Comment